Em entrevista exclusiva à Ag Fight, a ex-lutadora Claudia Gadelha revelou detalhes do processo que culminou na criação do UFC BJJ, nova marca do Ultimate dedicada exclusivamente ao jiu-jitsu. Fora do octógono, mas ainda ativa nos bastidores da organização, a brasileira foi peça-chave no desenvolvimento do projeto, com o objetivo de profissionalizar a modalidade e torná-la mais atrativa ao grande público.
Após anunciar sua aposentadoria das competições, Gadelha passou a integrar a equipe de desenvolvimento de atletas do UFC e, nessa nova função, iniciou um trabalho direto com o Fight Pass. Foi ali que identificou o potencial da arte suave como produto esportivo e de entretenimento — e levou a proposta ao presidente da companhia, Dana White.
“Já existia jiu-jitsu dentro do Fight Pass, mas era algo esporádico. Quando entrei, comecei a trazer atletas, sugeri ideias e falei com o Dana sobre criarmos nossas próprias regras, com um tatame que trouxesse mais velocidade e dinâmica. Algo que realmente chamasse a atenção do fã de MMA”, explicou.
Para tirar o plano do papel, a potiguar montou um comitê técnico composto por nomes como Letícia Ribeiro, Ricardo Almeida, Jason Herzog e Vitor Shaolin. O grupo foi responsável por estruturar as bases do UFC BJJ, desde o formato até as regras exclusivas, pensadas para aproximar o ritmo das lutas à identidade visual do MMA moderno.
O primeiro fruto do projeto já está no ar. O reality show ‘UFC BJJ: Road to the Title’ estreou nesta segunda-feira (16) no UFC Fight Pass e no canal oficial do Ultimate no ‘Youtube’. A atração reúne duas equipes nas categorias peso-leve (70 kg) e meio-médio (77 kg), comandadas por Mikey Musumeci e Rerisson Gabriel. Os finalistas disputarão os primeiros cinturões da marca no evento UFC BJJ 1, marcado para o dia 25 de junho, durante a ‘Semana Internacional da Luta’.
Estilo de vida e oportunidade
O impacto do novo produto, porém, vai além das competições. Segundo Claudia, o UFC BJJ representa uma verdadeira plataforma de transformação, tanto para os praticantes quanto para o público geral.
“Quando alguém começa a treinar jiu-jitsu, a vida muda. O esporte transforma, e o UFC tem o alcance necessário para mostrar isso ao mundo. Hoje, já estamos oferecendo contratos de seis dígitos aos campeões. Isso era impensável anos atrás”, destacou.
Ela também ressalta o papel histórico da organização na popularização global da arte suave. Com o novo investimento, a ideia é não só dar visibilidade aos competidores, mas também abrir portas para carreiras sustentáveis — seja por meio de academias, seminários ou construção de marcas próprias.
“O nosso foco é que os atletas consigam construir uma trajetória sólida, gerar renda, ganhar notoriedade, mas também tenham oportunidades além dos tatames. Estamos falando de saúde, bem-estar e transformação social”, reforçou.
Com uma proposta moderna, inclusiva e pensada para o entretenimento, o UFC BJJ surge como um novo marco para o cenário competitivo do jiu-jitsu. Vale lembrar que a iniciativa substitui o UFC Fight Pass Invitational, e a expectativa, segundo a própria Gadelha, é de que a marca promova seis eventos por ano.
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