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Melquizael Costa durante o Media Day do UFC Vegas 106
Melk Costa comentou sobre a representatividade de seu novo apelido - Diegos Ribas/Ag Fight

Entrevistas

Dálmata! Melquizael Costa transforma dor em identidade com estreia de novo apelido no UFC

No próximo sábado (17), no UFC Vegas 106, Melquizael Costa vai enfrentar Julian Erosa e subirá ao octógono com uma nova identidade. Conhecido até então como ‘Melk Cauthy’, o peso-pena (66 kg) brasileiro adotará oficialmente o apelido de ‘Dalmatian’ (que significa dálmata, em português) — uma mudança carregada de significado pessoal e simbólico, como explicou em entrevista exclusiva à Ag Fight.

A decisão marca não apenas um reformulação da “marca”, mas também um resgate de sua própria trajetória. Diagnosticado com vitiligo desde cedo, o atleta revelou que o apelido já o acompanhava desde a infância — mas de forma dolorosa. Com o passar dos anos, especialmente após o início na carreira nas artes marciais, essa percepção foi se transformando. A virada definitiva ocorreu na luta em Seattle, quando entrou no cage com o rosto pintado em alusão às manchas características da raça canina.

“O Dálmata é um cachorro que representa muito o pessoal do vitiligo. Só que quando eu era moleque, era um apelido que me machucava muito, um apelido gatilho, que deixava enfezado e brigava com os caras na rua. Depois eu comecei a lutar e passou. Só que na luta de Seattle, que eu pintei meu rosto de dálmata, eu não sabia que a mensagem seria assim tão forte, até o próprio UFC postou. Foi muito forte e muito marcante mesmo”, contou o paraense.

O impacto da ação foi imediato. Segundo ele, a alcunha — antes motivo de ofensa — passou a carregar representatividade e identificação. “Andando na rua, um rapaz me parou e disse: ‘Sou muito teu fã. Você que é o Dálmata, não é?’. E eu fiquei muito assustado, me chamou a atenção e eu falei: ‘O cara me chamou de Dálmata. Então por que não?’”, completou.

Topa tudo

Em grande fase, o lutador chega ao card deste fim de semana embalado por uma sequência positiva. Nos cinco primeiros meses de 2025, fará sua terceira apresentação no octógono, após conquistar duas vitórias neste ano. Ao todo, acumula três triunfos consecutivos, consolidando um momento de ascensão na divisão dos penas.

“Eu preciso [de um descanso]. O corpo está sentindo os cortes de peso de forma consecutiva. Então acho que vou ter que dar um descanso mesmo. Um descanso de duas semanas. A gente sempre está na ativa, treinando forte. O meu foco é nessa luta, vou entregar tudo e não tenho medo de deixar nada. Meu irmão, vou sair na porrada e o bagulho vai ser doido. Sábado vai ser sinistro, vai ser louco”, disse, em tom bem-humorado.

Uma vitória do paraense pode colocá-lo mais próximo do ranking ou até de um confronto contra um adversário ranqueado. Vale destacar que o representante da “Chute Boxe João Emilio” soma, atualmente, um cartel profissional de 23 vitórias e sete derrotas.

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Natural do Rio de Janeiro, Geovanne Peçanha se formou em jornalismo na Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Com passagens por Lance!, CBF TV, FERJ e outros, é um fanático por esportes. Ex-praticante de Muay Thai, se apaixonou pelo MMA.

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